segunda-feira, 20 de abril de 2009

A vez do PMDB

Publicado na revista Caros Amigos, em fevereiro de 2009.

Os ataques jornalísticos a peemedebistas de variadas estaturas e reputações inserem um novo componente aos preparativos das próximas eleições presidenciais. Trata-se de políticos atuantes e notórios há décadas, chefes de oligarquias regionais sempiternas, membros das bases parlamentares e dos ministérios de todos os governos pós-ditatoriais. Mas por que só agora a grande imprensa decidiu atingi-los?
Possuindo o maior número de legisladores e administradores eleitos, o PMDB mantém-se coeso graças a um pragmatismo absoluto que desconhece ideologias. Utiliza seu poder de influência para impor relações simbióticas de governabilidade em todas as instâncias, pois qualquer projeto de poder precisa do seu apoio. Mas esse vasto aglomerado de interesses dispersos não consegue superar o vácuo programático, que se reflete na falta de candidaturas com abrangência nacional.
Tais características tornaram o partido afeito ao fortalecimento pelo segundo governo Lula – sua principal manobra estratégica para 2010. Na hipótese de ater-se à vocação de coadjuvante decisivo, e também como retribuição às benesses recebidas, o PMDB comporia a chapa governista, indicando um candidato a vice-presidente. Caso decida pelo contrário, continuaria incomodamente vinculado à administração federal.
Mas o partido pode ainda aproveitar o momento para lançar um candidato próprio. O gesto dividiria a oposição, atraindo moderados e isolando na chapa PSDB-DEM (PFL) um radicalismo antipetista rechaçado pela esmagadora maioria do eleitorado. Os tucanos, desgastados por disputas internas e escândalos em seus governos estaduais, perderiam o apoio de administrações de colégios eleitorais importantes, como Rio de Janeiro, Paraná e vários centros metropolitanos em todo o país.
A imprensa favorável a José Serra fará tudo para preservar a cômoda polarização com o PT. A súbita onda moralista contra o PMDB é tudo menos casual ou sincera.

Um comentário:

Blog do Morani disse...

24/05/09

PTrapalhão, PSDBestas, DEMônios, PMDBurros, e tantas outras agremiações políticas, eu daria um único e definitivo fim:
Mandaria construir uma imensa latrina à qual juntaria - todos manietados uns aos outros -, essas "colônias" de grandes mentirosos e corruptos - em destaque os "em cima do muro" - para que, dada a descarga, as levassem esgoto abaixo, para o depósito de excrescência ou diretamente ao Inferno. Não servem nem para adubo.