sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nobel infame

O Nobel da Paz para Barack Obama é uma brincadeira de mau gosto. Nada muito destoante dos condecorados anteriores, com a diferença de que o estadunidense nem precisou fingir que trabalhava para “fortalecer a diplomacia internacional e cooperação entre os povos” – primeiro porque não teve tempo e segundo porque não quis.
Ele é responsável pela sobrevivência de um campo de concentração e duas guerras injustificáveis, espalhou bases militares na América Latina e silencia perante um golpe de Estado a poucas horas de Miami.
Mas o comitê sueco quis enfraquecer o reacionarismo obtuso dos adversários do presidente. Aproveitou o grande marco histórico de sua vitória para lhe estender um salvo-conduto ainda mais duradouro e temerário que o já concedido pela provinciana imprensa mundial.

Dylan-Lá

Bob Dylan, descubro estupefato, concorre quase todo ano ao prêmio de literatura. Sua nova indicação, com apoios importantes, anuncia que a homenagem pode voltar a considerar apenas a importância da obra, não contingências político-biográficas. É só o velho bardo resistir mais alguns anos; o churrasco está marcado.

4 comentários:

infinitoamanajé disse...

Satisfação em conhece-lo. paz e luz para você e todos nós.

Cristina Maria disse...

OBAMIS!!!hahahahahahhahahah

Anônimo disse...

Um prêmio mais para o poder simbólico que não é a velha pombinha branca .
Por falar em Suécia , Bergman poderia filmar "Sê-lo Paz " e os conflitos existenciais do Presidente Estadunidense .

Anônimo disse...

A Comissão do prêmio Nobel se desprestigiou com essa escolha, no mínimo, absurda. O Lula é mais pacifista do que Obama, pra citar um exemplo, e é quem eu acredito que possa ganhar no ano que vem.
O próprio fato de Obama assumir não merecer aquele prêmio é a mostra de que sua consciência ainda pesa quando pensa na palavra paz.