segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A estatal da banda larga


A formatação da nova Telebrás, que deve ocorrer nas próximas semanas, prevê que a estatal forneça internet em regiões não contempladas pelas operadoras privadas. Um lobby ardiloso tenta destruir o projeto do governo, acusando-o de estatista e demais opróbrios comuns em situação similares.

Os privatas das telecomunicações tentam determinar onde o governo gastará o dinheiro do distinto público. E, pior, querem abolir a concorrência, dominando um mercado bilionário sem a incômoda obrigação de garantir a qualidade dos serviços prestados. As privatizações foram justificadas pela inépcia da máquina pública, mas quem propõe que o governo reassuma funções que ninguém soube desempenhar a contento é tratado como Napoleão de hospício.

Essas bravatas corporativas representam apenas uma elegante cortina de fumaça para encobrir o que está de fato em jogo na democratização do acesso à internet. Trata-se de uma iniciativa revolucionária, com desdobramentos educacionais, culturais, políticos e estratégicos. Talvez, durante os debates vindouros, alguém se lembre de questionar quem se beneficia quando importantes contingentes populacionais permanecem restritos ao material produzido pelas grandes empresas de comunicação.

2 comentários:

Anônimo disse...

Seria ótimo uma estatal desse tipo que pudesse funcionar razoavelmente.
E através dela poder oferecer uma possibilidade maior de desenvolvimento , auxiliando às vezes nanicas iniciativas privadas cheias de intenções de lucro e que futuramente possam ser engolidas ou melhor administradas pelas grandes.
Nas mais distantes localidades e onde se pode fazer negócio a internet por mais tartaruga que seja já chegou.

Felipe disse...

Guilherme, acabei de ver um discurso do Lula em Porto Alegre no site do Azenha, a proposta dele não é estatizar, incialmente vai sentar com as iniciativas privadas para fechar o negócio, caso não haja consenso o governo vai assumir a responsabilidade e ai sim prestar o serviço por conta própria, privado ou não, estatal ou não, o presidente quer levar internet de qualidade para os excluídos!
abraço