quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ciro pulou na fritura


A imprensa conservadora sempre rejeitou Ciro Gomes e agora o trata como um mártir. Conseguiu vê-lo fora da campanha paulista (com ajuda do idiossincrático PT local), mas frustrou-se por sua desistência da disputa presidencial. Ao contrário do que muitos dizem, o quadro mais proveitoso para José Serra seria o deputado concorrer isolado, sem estrutura partidária nem tempo de rádio e TV, dividindo a base governista e beneficiando o ex-governador com seu antagonismo feroz.

Nunca houve chance para uma “terceira via”. A visibilidade desproporcional de Marina Silva atende à necessidade de criar uma anti-Dilma que, se necessário, ataque a petista para impedi-la de vencer no primeiro turno.

Político experiente, Ciro sabia das próprias dificuldades. Quando se expõe ao sacrifício público, valoriza-se nos arranjos de alianças regionais e tenta escapar da posição secundária que as circunstâncias lhe reservaram.

2 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Prezado Guilherme, Ciro Gomes sempre esteve fora da casinha. Sempre teve pavio curto e, portanto, explosivo. Sua saída ajuda ainda mais a polarizar a eleição. Quem vai ganhar: Serra ou Dilma? Um dos dois vai levar o caneco. Dilma tem mais tempo de TV, porque conta com o apoio do PMDB mais arcaico e feudal (muito embora Serra tenha o apoio do feudal Quercia). Tudo bem, isso faz parte da péssima qualidade dos nossos políticos. Abraços

Valerio Sobral disse...

a pré-campanha do ciro parece uma gravidez psicologica. ele criou, sentiu todos os sintomas de uma campanha e assim como a gravidez psicologica, na hora de nascer o bebê...ai que ver nao tinha criança. assim fez o ciro... psicologicamente se sentia candidato do psb, mas o partido faz parte da base aliada do pt ha muito tempo e nao seria agora, com a chegada do deputado que iria romper essa aliança em nome de um novato que muda mais de partido do que de roupa.