Totalmente filmado em digital, o que talvez represente
seu maior atrativo. É interessante verificar que a imagem sempre denuncia uma “natureza”
diferente, pouco sutil nas luzes mais suaves e de ambientes, porém bastante
eficaz nas cenas de ação, majoritariamente criadas em computador.
Apesar do apreço pelos atores e pelo jovem diretor (e das tiradas divertidas do roteiro), prefiro a série criada por Sam Reimi,
com Tobey Maguire. Parece mais fiel, textual e visualmente, ao universo dos
quadrinhos. E por isso funciona melhor como entretenimento. Agora que tudo
recomeçou, espera-se que os enredos futuros consigam buscar inspiração longe
dos perigos comparativos que só lhe fariam mal.
A aparição de um envelhecido C. Thomas Howell,
astro da minha geração, provoca reflexões de cunho existencial e a lembrança de
tantos daqueles atores talentosos que desapareceram muito antes de Andrew
Garfield sair do cercadinho. Aliás, por que a moça deixou de se chamar Mary
Jane?
Um comentário:
A moça deixou de ser a Mary Jane porque essa nova versão está um pouco mais próxima dos quadrinhos originais. Gwen Satcy (http://en.wikipedia.org/wiki/Gwen_Stacy) foi a primeira namorada do Homem Aranha, mas foi assassinada pelo Duende Verde. Bem depois, o Peter Parker namora e casa com Mary Jane.
Os quadrinhos de super-heróis possuem uma mitologia própria, e a morte de Gwen Stacy em 1973 parece que marcou o fim da Idade de Prata dos super-heróis. Com o fim desse período os super-heróis passara a ser mais "humanos'.
Postar um comentário