quarta-feira, 15 de agosto de 2012

A mídia fornece as provas
















As acusações da Procuradoria às celebridades petistas julgadas pelo STF possuem dois eixos básicos: depoimentos de terceiros e circunstâncias “incriminadoras” de variadas naturezas. Faltam provas materiais para condenar os personagens mais visados pela imprensa oposicionista. Os ministros decidirão se a lacuna é suprida pelos testemunhos e pela notória influência dos acusados.

Essa questão “notória” confere importância particular à cobertura jornalística. Subjetiva por natureza, a decisão sobre a imaginária pauta de certo encontro ou sobre a ciência que um indivíduo tem dos feitos alheios depende muito daquilo que se toma por fato e da imagem pública dos personagens envolvidos. Seria compreensível que os ministros tivessem dúvidas acerca de tão aleatórias suposições, mas na imprensa não faltam respostas diárias para elas.

A famosa “opinião pública”, freqüentemente lembrada pelos magistrados, é uma justificativa para amenizar o inevitável caráter político dos seus votos futuros. Também é uma forma de empurrar para fora do tribunal (portanto, para fora da sua alçada estritamente jurídica) a responsabilidade por eventuais injustiças. Lavam as mãos: a culpa é das “bases”.

Os nobres ministros parecem dispostos a imitar seus equivalentes legislativos também na fritura dos bodes expiatórios ocasionais.

Um comentário:

Vania disse...

E agora recebem o apoio luxuoso do maluco beleza da hora: um que se diz o Cristo reencarnado! Não sei se é para rir ou chorar. Confesso que, às vezes, fico na maior dúvida. Até onde vai essa loucura toda?!