quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Santinhos de toga

















As condenações de José Genoino e José Dirceu sempre estiveram entre os objetivos maiores do julgamento no STF. Desde muito cedo ficou evidente que ali se orquestrava um ritual político de previsível desfecho. Agora também compreendemos o método incomum de votação adotado por Joaquim Barbosa: além de promover a sangria cíclica e continuada de todas as reputações envolvidas, permitia o sacrifício dos protagonistas nos últimos dias que antecederam o primeiro turno eleitoral. A estratégia falhou por um atraso qualquer nos procedimentos, mas parece bastante clara.

Esse clima partidário talvez desapareça no dia 28 de outubro, quando os ministros magicamente recuperarem a pose serena que seus cargos e a história do tribunal exigem. Até lá, serão transformados em cabos eleitorais oposicionistas, já não importa se voluntários ou a contragosto, na última e desesperada tentativa dos grandes veículos de comunicação para influenciar os votos decisivos. Quem lamentava o empobrecimento programático das campanhas municipais não perde por esperar.

4 comentários:

Vania disse...

Concordo inteiramente com você. Que coisa mais lamentável! Na total ausência de propostas e programas de interesse político para a população, a "oposição" se põe a martelar esse falso moralismo com o apoio da mídia e do STF. É um grande empobrecimento da cena política brasileira, sem dúvida. Mas que tem custado a liberdade de grandes brasileiros. Só podemos lamentar por isso.

Sy disse...

Essa Vania é mais petista que o Guilherme, a diferença é que ela assume ("grandes brasileiros" é dose).

Sy disse...

Em Tempo, a campanha continua:
Joaquim Barbosa para presidente do Brasil.

Flavio disse...

O maior problema, na minha opinião, é que ainda uma parcela significativa das população não enxerga todo esse circo armado e não questionam pq, em outros governos, esse mesmo "Superior" Tribunal não teve a mesma postura com casos muito mais escandalosos. Não juntam duas peças e não veem que a votação casou com as eleições e que ela é política.