Petistas e apoiadores possuem três alternativas
para enfrentar os ataques da malta reacionária, com seus bonecos, chaveiros,
adesivos e xingamentos públicos.
Existem as famosas “vias de fato”, reações
intempestivas surgidas no calor do momento. Podem resultar num tremendo rebu
cheio de feridos ou num simples rasgo que esvazia o brinquedão calunioso. É
mais ou menos o que costuma acontecer com torcedores de futebol, amigos no boteco,
etc, quando alguém começa a insultá-los.
A segunda estratégia seria a de provocar os limites da impunidade oposicionista. Significa ogros de camisetas vermelhas cercando
Geraldo Alckmin aos gritos de “ladrão filho da puta”. Ou um inflável gigante de
Aécio Neves com canudo no nariz, segurando uma boneca estraçalhada pelo
pescoço.
Por fim, resta a via judicial. Agredir autoridades
na rua e representar um ex-presidente como presidiário não constituem liberdades
democráticas. Apenas cínicos e desinformados acreditam que nos anos FHC houve
qualquer ato semelhante, ou que o tosco “Judas” da CUT carregava a mesma simbologia.
Nenhuma dessas atitudes tem grandes chances de
sucesso. O Judiciário é tão alinhado ao PSDB quanto a PM é amiga dos brucutus
de academia (aquelas fotografias com a soldadesca não nasceram do acaso). Mas
há uma diferença importante: as iniciativas jurídicas escoariam indignações que,
represadas, levarão a estouros violentos. Tirariam da militância petista o
ímpeto de assumir a própria defesa.
O acirramento dos ânimos pede uma atitude imediata
de Lula e da cúpula do partido em reação à máquina tucana de achaques. O risco
de a disputa eleitoral descambar para a selvageria ganharia um exemplo de
moderação e talvez sensibilizasse a prudência de algum magistrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário