É curioso notar que Levinson trata o sistema computadorizado como um golpe eleitoral, capaz de destruir os fundamentos democráticos no país dos infames cartões perfurados. O diretor já tratou de política no excelente “Mera coincidência” (1997), mais cáustico e pessimista. Um paralelo entre os dois filmes revela muito sobre o teor de suas motivações ao realizar este “Candidato”, apesar da abordagem cômica e aparentemente despretensiosa.
As urnas eletrônicas
Nada foi suficientemente explicado sobre a adoção do sistema no Brasil. Nenhum país de tradição democrática aceitou-o, apesar das tentativas da indústria. Os motivos óbvios para a desconfiança foram exaustivamente propalados por estudiosos de várias nacionalidades, mas as autoridades brasileiras preferiram ignorá-los.
Programas de computador são vulneráveis à fraude. Uma grande complexidade de operações matemáticas pode criar virtualmente qualquer cenário, ludibriando os testes realizados pelos fiscais, criando a ilusão da aleatoriedade e acionando contaminações através de indecifráveis cadeias de comandos, perdidas na imensidão dos milhões de votos. E, ainda mais grave, tudo pode ser feito sem deixar rastros.
Para dirimir desconfianças sobre a plausibilidade científica dessas afirmações, basta entrevistar um estudante mediano de engenharia da computação.
A única maneira razoável de prevenir as fraudes eletrônicas seria utilizar impressoras junto às urnas. O eleitor conferiria seu voto, depositando-o separadamente, para eventual recontagem posterior. Mas o TSE vetou esse procedimento. Por quê? Contenção de despesas, depois de adotar um método muito mais oneroso do que o tradicional? Dificuldade de manejo, com toda a fragilidade técnica e operacional já contida no sistema?
O simples fato de uma enorme fraude eleitoral ser remotamente possível já deveria horrorizar a opinião pública. O assunto, porém, virou farofa, coisa de teórico da conspiração. E todos podemos dormir apaziguados pela alucinação coletiva da segurança, satisfeitos com as declarações de alguns burocratas desconhecidos.
Um comentário:
Sabe aquela conversa sobre cidadania, fazer um Brasil melhor, que a gente acha muito bonita, mas, quase sempre, por falta de tempo, acabamos deixando de lado? Vamos mudar essa história.
O site Um Brasil de Cidadania, desenvolvido para a Ação Global do SESI, vem justamente criar um jeito prático para que cada um faça sua parte.
Uma foto, um vídeo, uma simples frase, coisas do dia-a-dia, cada coisa tem seu valor na construção de um Brasil com mais cidadania. Nossa missão é estimular as pessoas a mostrarem como têm colaborado. E isso pode ser mais fácil do que parece. Existem duas formas de contribuir. A primeira é adicionar tags específicas às fotos do Flickr , posts no Twitter e vídeos do YouTube ligados ao tema (conforme exemplo em anexo) e eles serão mostrados no site da ação. E a segunda é contribuir no próprio site, deixando seu depoimento. Para entender melhor como funciona, envie-nos um e-mail para http://www.umbrasildecidadania.com.br/?name=Blogs&V511
As tags para vídeos, posts e fotos são: cidadania, caridade, voluntariado, voluntário, beneficente, doação, donativos, SESI, ONG, “Ação Global”, "ação social", "ajuda ao próximo", "responsabilidade social", "serviço comunitário", “brasil de cidadania”.
Obrigada por contribuir por um Brasil com mais cidadania.
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