Por que um filme divertido, com elenco estelar (Robin Williams, Christopher Walken, Laura Linney), dirigido pelo competente Barry Levinson, passa ao largo do grande circuito brasileiro para mergulhar diretamente no ostracismo das locadoras? A resposta parece residir no tema, um tanto indigesto para as platéias locais: graças ao lobby de uma empresa de informática, as eleições estadunidenses passam a ser realizadas em urnas eletrônicas; eis que ocorre uma “falha” na apuração e...
É curioso notar que Levinson trata o sistema computadorizado como um golpe eleitoral, capaz de destruir os fundamentos democráticos no país dos infames cartões perfurados. O diretor já tratou de política no excelente “Mera coincidência” (1997), mais cáustico e pessimista. Um paralelo entre os dois filmes revela muito sobre o teor de suas motivações ao realizar este “Candidato”, apesar da abordagem cômica e aparentemente despretensiosa.
As urnas eletrônicas
Nada foi suficientemente explicado sobre a adoção do sistema no Brasil. Nenhum país de tradição democrática aceitou-o, apesar das tentativas da indústria. Os motivos óbvios para a desconfiança foram exaustivamente propalados por estudiosos de várias nacionalidades, mas as autoridades brasileiras preferiram ignorá-los.
Programas de computador são vulneráveis à fraude. Uma grande complexidade de operações matemáticas pode criar virtualmente qualquer cenário, ludibriando os testes realizados pelos fiscais, criando a ilusão da aleatoriedade e acionando contaminações através de indecifráveis cadeias de comandos, perdidas na imensidão dos milhões de votos. E, ainda mais grave, tudo pode ser feito sem deixar rastros.
Para dirimir desconfianças sobre a plausibilidade científica dessas afirmações, basta entrevistar um estudante mediano de engenharia da computação.
A única maneira razoável de prevenir as fraudes eletrônicas seria utilizar impressoras junto às urnas. O eleitor conferiria seu voto, depositando-o separadamente, para eventual recontagem posterior. Mas o TSE vetou esse procedimento. Por quê? Contenção de despesas, depois de adotar um método muito mais oneroso do que o tradicional? Dificuldade de manejo, com toda a fragilidade técnica e operacional já contida no sistema?
O simples fato de uma enorme fraude eleitoral ser remotamente possível já deveria horrorizar a opinião pública. O assunto, porém, virou farofa, coisa de teórico da conspiração. E todos podemos dormir apaziguados pela alucinação coletiva da segurança, satisfeitos com as declarações de alguns burocratas desconhecidos.
Um comentário:
Sabe aquela conversa sobre cidadania, fazer um Brasil melhor, que a gente acha muito bonita, mas, quase sempre, por falta de tempo, acabamos deixando de lado? Vamos mudar essa história.
O site Um Brasil de Cidadania, desenvolvido para a Ação Global do SESI, vem justamente criar um jeito prático para que cada um faça sua parte.
Uma foto, um vídeo, uma simples frase, coisas do dia-a-dia, cada coisa tem seu valor na construção de um Brasil com mais cidadania. Nossa missão é estimular as pessoas a mostrarem como têm colaborado. E isso pode ser mais fácil do que parece. Existem duas formas de contribuir. A primeira é adicionar tags específicas às fotos do Flickr , posts no Twitter e vídeos do YouTube ligados ao tema (conforme exemplo em anexo) e eles serão mostrados no site da ação. E a segunda é contribuir no próprio site, deixando seu depoimento. Para entender melhor como funciona, envie-nos um e-mail para http://www.umbrasildecidadania.com.br/?name=Blogs&V511
As tags para vídeos, posts e fotos são: cidadania, caridade, voluntariado, voluntário, beneficente, doação, donativos, SESI, ONG, “Ação Global”, "ação social", "ajuda ao próximo", "responsabilidade social", "serviço comunitário", “brasil de cidadania”.
Obrigada por contribuir por um Brasil com mais cidadania.
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