O que antes era um calabouço de paredes cadentes e mofadas transformou-se em museu de verdade, com amplas galerias bem iluminadas e organizadas. O acervo permanente surpreende pela dignidade, rico e variado como os melhores do mundo. Os retratos merecem especial atenção (há um, sensacional, de Orígenes Lessa, que não encontro em lugar algum da internet).
Acima dos autores consagrados do século XIX, tão identificados com o museu, a galeria de arte moderna e contemporânea é imperdível. Ouso arriscar, sem conhecer todas as coleções, que este é o maior tesouro da instituição.
Acima dos autores consagrados do século XIX, tão identificados com o museu, a galeria de arte moderna e contemporânea é imperdível. Ouso arriscar, sem conhecer todas as coleções, que este é o maior tesouro da instituição.
Há problemas a resolver. Os funcionários, apesar do esforço inegável, ainda não assimilaram a solenidade própria ao ambiente: alguns são barulhentos e desleixados. Falta finalizar as obras numa boa porção do prédio, que poderia ganhar acabamentos mais elegantes e modernos do que acessórios antigos mal restaurados. Não há catálogos disponíveis para venda (ou faltam informações ao público sobre isto) e a página eletrônica do museu é lamentavelmente modesta e incompleta.
Mas já podemos festejar. Se nenhuma catástrofe política afundar Iphan e subordinados, em poucos anos o MNBA chegará ao nível de seus similares estrangeiros.
Acima, obras do acervo do MNBA: Alfredo Andersen, “Auto-retrato” (1932); Rodolpho Chambelland, “Baile à fantasia” (1913); Cândido Portinari, “O caçador de passarinhos” (1958).
Acima, obras do acervo do MNBA: Alfredo Andersen, “Auto-retrato” (1932); Rodolpho Chambelland, “Baile à fantasia” (1913); Cândido Portinari, “O caçador de passarinhos” (1958).
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