A novela da sede paulista na Copa do Mundo de 2014 ainda renderá muitos capítulos, mas alguns detalhes já começam a incomodar.
Causa desconforto ver a crônica esportiva defender apaixonadamente o São Paulo F. C. no imbróglio contra Ricardo Teixeira. Ninguém recorda que o Morumbi deixou de apresentar as intervenções acertadas com a Fifa dentro de um cronograma que qualquer estádio do mundo seria forçado a obedecer. Juvenal Juvêncio virou agora um exemplo de virtude e espírito cívico.
Também preocupa a rapidez com que a cidade foi transformada em sede “natural” da Copa, sem questionamento. A última coisa de que a capital violenta, caótica e poluída necessita é um evento de proporções mundiais que esgote ainda mais sua infra-estrutura já saturada. Alguém imagina como ficará a ridícula malha metroviária da cidade com um aporte de milhares de turistas estrangeiros? E o trânsito, que paralisa por míseros chuviscos, pode receber centenas de novos ônibus e vans lotados? Os hotéis terão vagas?
É muita irresponsabilidade. Cidades como Barueri, Jundiaí ou Campinas (para ficar apenas nos arredores da capital) possuem maior potencial turístico, a menos de uma hora de aeroportos internacionais, com abundante oferta de serviços e uma qualidade de vida que, se não chega a comover, indiscutivelmente supera a da Babel paulistana. Também possuem estádios ou áreas disponíveis para novas arenas, que contemplariam os interesses de todos, e provavelmente poupariam o sagrado dinheiro público.
Mas, claro, a brava crônica paulistana jamais bulirá com os interesses do agrupamento político que comanda o Estado e a capital, especialmente em ano de eleições. Por isso existem indignações mais indignadas que outras nessa nebulosa disputa de poder.
Causa desconforto ver a crônica esportiva defender apaixonadamente o São Paulo F. C. no imbróglio contra Ricardo Teixeira. Ninguém recorda que o Morumbi deixou de apresentar as intervenções acertadas com a Fifa dentro de um cronograma que qualquer estádio do mundo seria forçado a obedecer. Juvenal Juvêncio virou agora um exemplo de virtude e espírito cívico.
Também preocupa a rapidez com que a cidade foi transformada em sede “natural” da Copa, sem questionamento. A última coisa de que a capital violenta, caótica e poluída necessita é um evento de proporções mundiais que esgote ainda mais sua infra-estrutura já saturada. Alguém imagina como ficará a ridícula malha metroviária da cidade com um aporte de milhares de turistas estrangeiros? E o trânsito, que paralisa por míseros chuviscos, pode receber centenas de novos ônibus e vans lotados? Os hotéis terão vagas?
É muita irresponsabilidade. Cidades como Barueri, Jundiaí ou Campinas (para ficar apenas nos arredores da capital) possuem maior potencial turístico, a menos de uma hora de aeroportos internacionais, com abundante oferta de serviços e uma qualidade de vida que, se não chega a comover, indiscutivelmente supera a da Babel paulistana. Também possuem estádios ou áreas disponíveis para novas arenas, que contemplariam os interesses de todos, e provavelmente poupariam o sagrado dinheiro público.
Mas, claro, a brava crônica paulistana jamais bulirá com os interesses do agrupamento político que comanda o Estado e a capital, especialmente em ano de eleições. Por isso existem indignações mais indignadas que outras nessa nebulosa disputa de poder.
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