segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Mercadante realmente quer?


As peças radiofônicas de Geraldo Alckmin são eficazes e originais. Os diálogos entre senhores de sotaque interiorano e ares conservadores, já utilizados com sucesso em outras campanhas, agora recebem a participação de um jovem caricato falando “paulistanês” de subúrbio. É abrangente, sedutor, coerente com o perfil do candidato.

Comparativamente, a propaganda de Aloizio Mercadante esbarra no amadorismo. Falta contundência, empolgação, humor, criatividade. O momento pediria uma versão indignada dos personagens de Alckmin (caminhoneiros, professoras, estudantes) que abrissem o leque de críticas aos disparates tucanos.

O erro de tom na campanha petista é óbvio demais. A primeira ascensão de Mercadante se deu sobre eleitores de Celso Russomano. Os últimos pontos adquiridos de Alckmin são irrisórios para o período transcorrido desde o início do horário gratuito.

Tudo isso numa campanha caríssima, realizada por profissionais gabaritados, em pleno berço do PT, com aliados vitoriosos na campanha nacional.

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