Nunca o desgoverno demotucano paulista foi tão
escancarado.
O colapso da segurança envolve índices calamitosos de criminalidade, corrupção policial, violações sistemáticas de direitos
humanos.
O escândalo do metrô abarca os quase vinte anos de
administração do PSDB, envolve políticos notórios e mancha a reputação de
líderes históricos do partido. Possui ligações até mesmo com o egrégio Tribunal
de Contas, sugerindo elos tenebrosos no Judiciário, que vive atrapalhando a
administração petista da capital.
Por falar em metrô, além da malha insuficiente, o
sistema ferroviário é marcado pela saturação e por descalabros técnicos que
geram um cenário permanente de caos no setor.
A ameaça do racionamento de água (que ocorre
secretamente em várias regiões) escancara a falta de planejamento da Sabesp e o
privilégio dado a interesses financeiros, em detrimento da utilidade pública.
Os pedágios no Estado, os mais caros do país, há
tempos ultrapassaram os limites do aceitável. São, inclusive, objeto de uma CPI na Assembléia Legislativa.
As universidades estaduais chafurdam numa crise
interminável, que inclui o congelamento de salários, a falência e o sucateamento
de instalações. Um passeio pelo sistema educacional básico revela a incompetência
(para não dizer a irresponsabilidade) dos administradores.
Tudo isso em meio a uma onda de protestos que
tomou vulto justamente quando o governador Geraldo Alckmin permitiu que seus cossacos atacassem os manifestantes. Tudo isso, repito, em meio a uma onda de
protestos que têm (ou deveriam ter) como alvo o governo estadual e suas
políticas fracassadas.
E, no entanto, contrariando qualquer lógica razoável,
Alckmin parece fadado a reeleger-se no primeiro turno, sem obstáculos.
É bem verdade que as circunstâncias desautorizam
conclusões precipitadas. Apenas 10% dos eleitores declaram voto espontâneo no
governador, metade do registrado há um ano. A omissão da pesquisa acerca do
grau de conhecimento dos candidatos (devemos ler o Datafolha nas suas lacunas
espertas) sugere que Alexandre Padilha é desconhecido por uma parcela ampla
demais do eleitorado, enquanto a notoriedade de Alckmin e Paulo Skaf impede
comparações diretas.
Seja como for, há algo de incompreensível no
cenário político paulista.
Um comentário:
Infelizmente a lavagem cerebral da imprensa Paulista faz e fez um efeito praticamente IRREVERSÍVEL! culto ao Ódio ao PT é um dos lemas dessa turma que depois não entende por que a Dilma será reeleita no primeiro turno! um estado que vem perdendo prestigio e PIB ao longo de 20 anos e que pelo visto serão 24 anos de PSDB.depois essa gente ainda fala dos"coroneis"do nordeste!
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