Road movie singular (sem estradas), que se
desenvolve ao longo de uma única perseguição. A crítica exagera suas
qualidades, de maneira um tanto suspeita. Mas George Miller é craque no gênero
e atualiza sua saga distópica usando referências ecológicas com um divertido
toque fetichista.
O grande interesse da obra reside no primor
técnico, especialmente a direção de arte, com aquelas parafernálias ao mesmo
tempo futuristas e obsoletas que fazem a graça de algumas produções similares.
Também a incrível edição, de imagens e sonora, que dificilmente não monopolizará
os prêmios da área.
Outro destaque é a fotografia do consagrado John Seale, toda em digital e, dizem, recorrendo pouco a efeitos computadorizados.
Suas oscilações de paleta cromática, entre dominâncias quentes e frias, imprimem
dinâmica própria a um enredo que podia resultar visualmente monótono.
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