O antipetismo continua inconformado com o sucesso
da Copa do Mundo brasileira. Sempre que aparece uma oportunidade, a imprensa
corporativa dá um jeito de manchar a memória do torneio.
A primeira tentativa do ano (depois de um longo e sintomático
silêncio) veio com os escândalos da FIFA. Ainda não deu muito certo porque as
denúncias são generalizadas, envolvendo até os países que o provincianismo
vira-lata costuma invejar.
Agora reaparecem as análises preocupadas com o tal “legado” da Copa. Elas têm dois problemas graves: a) tentam associar o evento a
uma incompetência administrativa que nada tem a ver com a Copa em si; e,
principalmente, b) ignoram a responsabilidade dos governos municipais e
estaduais, federalizando problemas que o Planalto não poderia resolver nem se
quisesse.
Acho necessário cobrar as promessas feitas para
justificar os aportes financeiros locais. Mas esse rigor precisa evitar
bisonhices partidárias. Qualquer viés diferente resultará apenas numa repetição
póstuma das vergonhosas mentiras proferidas antes da Copa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário