quinta-feira, 18 de junho de 2015

Legado ressentido

 

O antipetismo continua inconformado com o sucesso da Copa do Mundo brasileira. Sempre que aparece uma oportunidade, a imprensa corporativa dá um jeito de manchar a memória do torneio.

A primeira tentativa do ano (depois de um longo e sintomático silêncio) veio com os escândalos da FIFA. Ainda não deu muito certo porque as denúncias são generalizadas, envolvendo até os países que o provincianismo vira-lata costuma invejar.

Agora reaparecem as análises preocupadas com o tal “legado” da Copa. Elas têm dois problemas graves: a) tentam associar o evento a uma incompetência administrativa que nada tem a ver com a Copa em si; e, principalmente, b) ignoram a responsabilidade dos governos municipais e estaduais, federalizando problemas que o Planalto não poderia resolver nem se quisesse.

Acho necessário cobrar as promessas feitas para justificar os aportes financeiros locais. Mas esse rigor precisa evitar bisonhices partidárias. Qualquer viés diferente resultará apenas numa repetição póstuma das vergonhosas mentiras proferidas antes da Copa.

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