Uma ação do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) aprisionou dez pessoas suspeitas de pertencerem ao PCC (Primeiro Comando da Capital) no interior de São Paulo. A lista inclui um assessor do prefeito de Campinas, Jonas Dozinette (PSB), que governa em coligação com o PSDB.
O título acima, propositalmente bombástico, sugere
como a mídia tucana interpretaria o episódio se envolvesse uma gestão petista. Ironias
à parte, contudo, o exagero é apenas aparente. Afinal, o assessor preso,
filiado ao PSB, ocupava um cargo de confiança no gabinete do alcaide. E pode
representar a influência da notória rede criminosa na cúpula administrativa de
uma das maiores cidades do país.
Quem indicou o cidadão para um posto de tamanha
importância? Como ele chegou ao PSB? Que ligações possui com os vereadores da
base governista? Quais atividades exerceu na campanha de Jonas e, depois, na
sua gestão municipal? É verdade que fazia lobby para o nebuloso setor do
transporte alternativo?
Essas questões seriam prontamente averiguadas pela
imprensa corporativa se ela tivesse mínima lisura jornalística. Haveria um
escândalo nacional, equivalente à gravidade do caso. E os guardiões da
moralidade vomitariam desabafos indignados sobre o nível de corrupção a que
chegaram os aliados de Geraldo Alckmin.
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