quinta-feira, 31 de março de 2016

Golpe F. C.

                                           














Analistas da mídia oposicionista fazem esforço comovente para transformar a deserção do PMDB numa garantia da inevitabilidade do impeachment. Pois estão mentindo. É impossível tecer quaisquer prognósticos sobre o número de parlamentares que de fato votarão pelo afastamento de Dilma Rousseff.

O projeto pode mesmo sair vitorioso, mas não será fácil, nem rápido. Construir um bloco fiel com trezentos e quarenta parlamentares é tarefa para lideranças habilíssimas. Além de superar as incertezas do ano eleitoral, os conspiradores precisam vencer a campanha contra o golpe e a desmoralização de Michel Temer e Eduardo Cunha.

Experientes e bem informados, os colunistas sabem disso tudo. Fingem-se estúpidos para alimentar a expectativa do público, reverberando-a em pressão sobre os candidatos nas disputas municipais. Também querem garantir que a decepção pública anule uma eventual vitória simbólica do governo.

Em vez de agirem com honestidade e profissionalismo, os palpiteiros preferem passar à história como torcedores fanáticos disputando quem berra mais alto.

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