Analistas da mídia oposicionista fazem esforço comovente para transformar a deserção do PMDB numa garantia da inevitabilidade do impeachment. Pois estão mentindo. É impossível tecer quaisquer prognósticos sobre o número de parlamentares que de fato votarão pelo afastamento de Dilma Rousseff.
O projeto pode mesmo sair vitorioso, mas não será
fácil, nem rápido. Construir um bloco fiel com trezentos e quarenta parlamentares
é tarefa para lideranças habilíssimas. Além de superar as incertezas do ano
eleitoral, os conspiradores precisam vencer a campanha contra o golpe e a
desmoralização de Michel Temer e Eduardo Cunha.
Experientes e bem informados, os colunistas sabem
disso tudo. Fingem-se estúpidos para alimentar a expectativa do público,
reverberando-a em pressão sobre os candidatos nas disputas municipais. Também
querem garantir que a decepção pública anule uma eventual vitória simbólica do
governo.
Em vez de agirem com honestidade e
profissionalismo, os palpiteiros preferem passar à história como torcedores
fanáticos disputando quem berra mais alto.
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