sexta-feira, 17 de março de 2017
“Moonlight”
Drama bonito e delicado sobre muitos temas sensíveis. A predominância dos azuis, especialmente de certos tons que se tornaram meio gastos no cinema artístico recente, aqui pelo menos tem razão de ser. Grata surpresa o equilíbrio entre a câmera irrequieta, próxima, expressiva, e o tratamento contido de um texto com forte carga dramática.
O Oscar para Mahershala Ali soa exagerado. Mas a consagração do filme é defensável, talvez a mais justa da Academia nas últimas décadas. Qualquer prêmio desse porte deve ser norteado pela relevância histórica da obra e, nas atuais circunstâncias, “Moonlight” adquire um peso enorme, que suplanta a sua modéstia original e lhe acrescenta algo de nobre e exemplar.
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