Depois de alguns desencontros, conheci-o no lançamento do "Crisálida", ano passado, em São Paulo. Foi atencioso, acessível, simpático. Insistiu para que eu promovesse festas de lançamento do livro também em Campinas, sugerindo um bar ou restaurante perto da Unicamp, que já não existia mais. Imerso na minha proverbial timidez, fiz que sim, claro, vamos providenciar e logo que o papo acabou saí para recuperar o fôlego. Ter conversado com ele foi o suficiente para valer o desespero da noite de autógrafos.
Sérgio de Souza foi dos meus maiores incentivadores, da generosa acolhida às páginas da Caros Amigos à edição de meu primeiro romance pela Casa Amarela. Até a apresentação de Ignácio de Loyola Brandão foi, claro, um presente do Sérgio para este humilde escriba.
Perdi, nesses anos todos (escrevo para a Caros Amigos há oito Carnavais), oportunidades incríveis de conhecer melhor o Sérgio e aprender com ele. Agora, no silêncio deste calor insuportável, resta apenas a indelével lição sobre o tempo desperdiçado e uma sensação de expectativa por algo indefinível, que talvez não venha jamais.
Espero que a imprensa brasileira, mesquinha e pobre como só ela, faça mínima justiça à grandeza da biografia do Sérgio de Souza.
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