“Eric Clapton – a autobiografia”

Como é comum em casos similares, o músico inicialmente trabalhou com a assessoria de um escritor. Mas parece que Clapton reescreveu posteriormente boa parte do livro. Texto enxuto e despretensioso, honesto como um desabafo informal, com algum desprezo pela precisão cronológica ou pelo detalhe. A simplicidade e a modéstia do personagem são quase surpreendentes.
Trata-se de uma breve e fluída introdução biográfica ao virtuose da guitarra. Para quem veio do compêndio quilométrico sobre os Beatles, escrito por Bob Spitz, serve para recuperar o fôlego e relembrar antigos clássicos, sem maiores ambições. A edição da Planeta poderia ser mais caprichada: faltam imagens e um índice onomástico e a revisão permite alguns deslizes.