segunda-feira, 11 de maio de 2009

Basófios museológicos

Representantes da falida Fundação Bienal de São Paulo e alguns galeristas solicitaram um aporte de R$ 350 mil ao Ministério da Cultura, via Funarte, para financiar a representação brasileira na Bienal de Veneza. Assim escapa-se de outro vexame internacional, inferior apenas ao vergonhoso Vazio, que abalou um respeito angariado a muito custo.
Toda essa crise histórica dos aparelhos culturais privados (e não só museus) ocorre em meio às discussões sobre o papel do Estado na gestão da cultura, através das leis de incentivo fiscal. Como em outros ramos da economia, salvadores de araque abandonam as barcas furadas (mas não aceitam entregá-las a outrem), apologistas do livre-mercado discursam sobre mesas de bar e oportunistas gatunos sugerem privatizar lucros e dividir o prejuca.
Da próxima vez que os pimpões da Bienal reclamarem de dirigismo estatal, proponho que se forme uma comissão interdisciplinar para lavar-lhes as bocas com sabão de coco.

Um comentário:

Anônimo disse...

"Representantes da falida Fundação Bienal de São Paulo e alguns galeristas solicitaram um aporte de R$ 350 mil ao Ministério da Cultura, via Funarte, para financiar a representação brasileira na Bienal de Veneza"

NAO, Guilherme! Estao pedindo dinheiro PRA DIREITA! Eh A DIREITA que financia quem privatiza lucro e socializa prejuizos. Sempre foi.

Pode ir la perto e olhar pra eles pra ver: voce nao vai encontrar sequer um lulista no meio deles. TODOS sao eleitores direitistas.