terça-feira, 5 de maio de 2009

O câncer de dona Dilma

De repente, por vias inusitadas e talvez imprevistas, Dilma Rousseff entrou na campanha de 2010.
Enquanto propagava que suas chances eram pequenas, que seu perfil não ajudava, que a base resistiria, etc, a grande imprensa atacou-a. A mentira sobre o planejamento do seqüestro de Delfim Netto, publicada pela Folha em manchete de primeira página dominical (e refutada em meia página interna, com título ambíguo), entrou para o repertório das maiores cabeçadas do jornalismo ideológico.
A onda continuou após a divulgação do tratamento médico de Dilma. Contrariando suas recentes defesas da intimidade das pessoas públicas (a saúde do candidato deve ser debatida durante uma campanha eleitoral?), os comentaristas especularam sobre o futuro da ministra. Claro, nos subtextos, o que todos diziam era que ela pode morrer, entregando o país ao PMDB ou algum aventureiro ocasional.
Mas, sem maiores explicações, o assunto desapareceu do noticiário. Ora pois, tamanha reviravolta se deu logo após o idiota da Veja babar teorias conspiratórias e o PSDB condenar o “uso político da doença de dona Dilma”. E então surgem “analistas” defendendo que ela abdique da candidatura, em nome de princípios republicanos.
Essa reação nada possui de intempestiva; ela é fruto das pesquisas de opinião realizadas nesse intervalo, além de uma boa dose de bom-senso. Ninguém sabe como o eleitorado reagirá a uma longa exposição das agruras da ministra. Há chances de se tornar uma heroína popular, abrandando sua imagem de gerente durona (e “terrorista”), atraindo redobrada atenção midiática, angariando simpatia e cumplicidade. Em outras palavras: uma locomotiva eleitoral, que pode varrer o pleito já no primeiro turno.
São ainda meras especulações. Mas a grande mídia já dá sinais de que passou a jogar o jogo, usando táticas que antes não parecia julgar necessárias. Dilma está mais competitiva do que nunca, e passará a ser tratada como tal.

4 comentários:

Guilhermé disse...

Uma bela demonstração política da Ministra em expor de forma objetiva seu problema de saúde. Um passo a frente no processo democrático q engatinha no país. Quanto aos ataques da mídia, nos resta divulgar críticas sóbrias e o esclarecimento.

Brasil Empreende disse...

Ola visitei seu blog e gostei muito e gostaria de convidar para acessar o meu também e conferir a postagem desta semana: Que que tem, que que tem!
Sua visita será um grande prazer para nós.
Acesse: www.brasilempreende.blogspot.com
Atenciosamente,
Sebastião Santos.

Anônimo disse...

"nos subtextos, o que todos diziam era que ela pode morrer, entregando o país ao PMDB ou algum aventureiro ocasional": e quando o naoseiquem morreu e deixou o Brasil aa tutela da fabrica de favelas do Maranhao? O que a direita lunatica quer eh o Brasil nas maos do fdp deles, isso sim.

Blog do Morani disse...

24/05/09

O PT usa de tantas artimanhas, de tantos canais de convencimentos para mistificar o "eu não sei, nada ouvi, nada vi" de seu representante máximo - Sr. Lula -, coroando-o com os "louros da santa incência", que nada me leva à dúvida de que a tão propalada "doença" da Ministra Chefe da Casa Civil seja mais uma trampolinagem nesse imbroglio que é esse governo petista. Ora, sabedor do infantilismo eleitoral do brasileiro, desorientado e crédulo, por que não usar de mais uma "grande e espetaculosa artimanha" para tocar o emocional desse nosso povo? Doente e sofredora ao mesmo tempo, mais uma vez demonstra sua "garra guerrilheira" à Nação, e isso, eles sabem muito bem, vai tocar o eleitor lá no fundo de seu coração tão debilitado como a "heroina" Dilma Roussef.À escalada ao Poder faz coisas que até o nosso bom DEUS duvida, todavia, eu não!