sábado, 16 de janeiro de 2010

"Coração Satânico"


Trevor Jones teve a boa idéia de criar, para esse terror de Alan Parker (1987), uma trilha baseada em jazz instrumental e blues no estilo de New Orleans, onde se passa a trama. A combinação é perfeita, graças aos solos do sax tenor soturno, agressivo, do jovem Courtney Pine.

O filme foi subestimado porque a crítica detesta Parker. Mas, apesar das caricaturas e desnecessário apelo ao kitsch, ele engendra interpretações inspiradas, plasticidade impecável e um clima de tensão eficaz.

“I Got This Thing About Chickens” é uma frase emblemática do personagem Harry Angel.





3 comentários:

Anônimo disse...

New Orleans , já ví tudo !!!

vudú , galinhas , bodes e não podia faltar o Mickey Rourke pra completar o elenco .

Hollywood faz as coisas sob medida.
Menos mandar ajuda rápida para as vitimas do Katrina .

Sincretinices mercadológicas !

Anônimo disse...

Como são prazerosos os conteúdos indefinidos que nos faz passivos.
Aquele medo e curiosidade que se mesclam e tecem aspectos subjetivos de pingar gotas de sangue.
O bom da vida está em poder repetir a dose .O satânico , esse proibido,tem os poderes de causar pavores,frios na barriga e outras delícias do que mete medo.
A eterna dúvida de não saber do que se trata.
Que Deus abençõe os Satanistas e simpatizantes espalhados pelo mundo.E que possam surgir mais templos de adoração satanica pelos quatro cantos desse planeta , simplesmente como forma de democratizar licitamente todas as manifestações da ignorante vida que não mais se aguenta de tantos preconceitos .
Fico imaginando um templo satânico tipo Aparecida do Norte , até mesmo com a canonização de Ozzy Osbourne ou Marilyn Manson.
Que Deus abençõe principalmente , quem pode se comportar acima do bem e do mal e poder viver as emoções num mundo sem tanta palhaçada.

Érico Cordeiro disse...

Guilherme,
Esse é um filmaço, um dos grandes momentos do cinema dos anos 80 - com Mickey Rourke e tudo (ele também fez o Selvagem da motocicleta, outra pérola meio esquecida).
De Niro arrebenta como o enigmático Mr. Cipher e a tensão permanente do filme o colocam entre os bons momentos do cinema noir.
Grande cinema, acima de qualquer explicação sócio-psico-filosófica.
PS.: Convido você e seus leitores a conhecer o blog jazz + bossa, cujo endereço é:
www.ericocordeiro.blogspot.com