Híbrido de animação, filme de atores e peça publicitária das inovações técnicas que permitiram um arrojo visual impactante. As possibilidades dramáticas do 3D precisam ser avaliadas depois da comoção com o caráter novidadeiro do recurso.
James Cameron parte de uma ótima premissa, mas se perde na auto-referência. Quase toda sua carreira desfila para quem souber reconhecê-la nos detalhes: os animais inteligentes de “Piranhas II” (sim, é o primeiro filme dele); as previsões sombrias e a migração dos heróis nos “Exterminadores”; a protagonista, os mercenários e as empilhadeiras dos dois “Aliens”; a dupla personalidade de “True lies”; o mundo desconhecido, a imersão e a seqüência de reanimação de “O segredo do abismo”; e até, forçando a barra, o sentido de grandiosidade que envolveu “Titanic”.
Inventar todo um universo mítico e fantasioso proporciona uma liberdade paradoxal: como qualquer delírio da imaginação é plausível, nenhum elemento está ali à toa ou foi imposto por exigências alheias à vontade dos criadores. Cresce, dessa forma, o risco do microcosmo imaginário servir como veículo de proselitismo ideológico. As metaforazinhas ecológicas aludem ao “bom selvagem” roussauniano, mas vão além, associando o povo sofrido, puro e indefeso às vítimas dos atentados de 11/9. É o trabalho mais politizado de Cameron, no mau sentido.
James Cameron parte de uma ótima premissa, mas se perde na auto-referência. Quase toda sua carreira desfila para quem souber reconhecê-la nos detalhes: os animais inteligentes de “Piranhas II” (sim, é o primeiro filme dele); as previsões sombrias e a migração dos heróis nos “Exterminadores”; a protagonista, os mercenários e as empilhadeiras dos dois “Aliens”; a dupla personalidade de “True lies”; o mundo desconhecido, a imersão e a seqüência de reanimação de “O segredo do abismo”; e até, forçando a barra, o sentido de grandiosidade que envolveu “Titanic”.
Inventar todo um universo mítico e fantasioso proporciona uma liberdade paradoxal: como qualquer delírio da imaginação é plausível, nenhum elemento está ali à toa ou foi imposto por exigências alheias à vontade dos criadores. Cresce, dessa forma, o risco do microcosmo imaginário servir como veículo de proselitismo ideológico. As metaforazinhas ecológicas aludem ao “bom selvagem” roussauniano, mas vão além, associando o povo sofrido, puro e indefeso às vítimas dos atentados de 11/9. É o trabalho mais politizado de Cameron, no mau sentido.
Um comentário:
Prosélitos das velhas novidades .
Substância ativa nas subjetividades .
Psicossomatizadores das esperanças audio visuais .
Feiticeiros Africanos Americanizados consumidores de fast - food cinematográfico.
Zumbís de criacionismo e coca colas
Idiotia aparentemente feliz .
Magnífica bilheteria !!!!
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