Filme de ação com personagens rasos e ótimas seqüências de combate. Kathryn Bigelow é uma especialista no gênero. Sabe valorizar as interpretações e a fotografia, de longe as melhores características de “Guerra”, especialmente a trêmula câmera subjetiva, na mão. As rápidas aparições de atores famosos lhe emprestam um ar demasiado “cult”, prejudicando sua despretensão inicial.
Discutir merecimentos em qualquer prêmio leva à insanidade. Apenas o prólogo de “Bastardos inglórios” já supera o vencedor do Oscar em qualquer aspecto. “Stop-loss” (de Kimberly Peirce) foi além, tratando da mesma invasão do Iraque, e talvez pudéssemos dizer o mesmo de “Redacted” (Brian de Palma), se alguém o exibisse no Brasil.
Bigelow tenta parecer neutra diante do conflito, mas sua abordagem reitera o elogio do exército estadunidense em missão civilizadora nos confins selvagens do “maldito mundo árabe”. O discurso de agradecimento da diretora à Academia revela esse viés panfletário disfarçado de pacifismo.
O filme protagonizou uma sucessão de equívocos dos distribuidores e exibidores brasileiros. Foi inicialmente ignorado pelos cinemas e lançado apenas em DVD. O título em português é ridículo e o cartaz, constrangedor.
Um comentário:
Temos que engolir esse filme ?
Combina bem com conspiração todo o seu processo de valorização.
Quantas crianças não confundem a guerra com o prazer dos seus eletrojogos.
Ser combatente é uma situação humilhante.
Operários de conflito segurando nas mãos os meios de produção de guerra.
Muitos crimes vem sendo cometidos por "metalurgicos de guerra" armados até os dentes.Funcionários de empresas do petróleo.
Mas analisando por outro lado , ter o poder de um exercito como este é muito interessante.
É estar além do bem e do mal com todas as letras.
Eu fico imaginando uma campanha de Guerra do Brasil feita na folha de são paulo: Tipo eu sou Brahmeiro !
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