quarta-feira, 26 de maio de 2010

O susto do Datafolha


Antes era fraude dos concorrentes. As investigações deram em nada e então surgiu um problema de metodologia, que se mostrou ainda mais espinhoso. Pressionado pela incredulidade pública (e pelo TSE), o Datafolha tinha uma última ficha para resgatar a credibilidade. E eis que, de repente, as curvas de intenção de voto para Dilma Rousseff guinaram de forma inusitada.

O mais importante é que o instituto acusou o golpe. A Folha chegou até a produzir extensa matéria sobre os bastidores e a metodologia do levantamento, demonstrando sua pretensa idoneidade. Mas os analistas do jornal continuam enganando o distinto leitor com interpretações desprovidas de respaldo técnico.

A tese de que Dilma subiu por causa do horário gratuito do PT é duvidosa. Primeiro, porque o empate não é recente. Vox Populi e Sensus já o apontavam pelo menos desde março. Ademais, dois terços dos entrevistados afirmaram ao próprio Datafolha não ter visto propaganda de qualquer candidato ou partido nos últimos 30 dias.

Mas então como explicar que Datafolha e Ibope estivessem tão desconectados da realidade?

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