quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Balanço do Mundial


Como se pode afirmar que a seleção de basquete masculino “fracassou”? Alguém esperava que vencêssemos o Mundial, desfalcados, após décadas de desmanche administrativo e alguns meses de treinamento com o técnico novo?

A imprensa esportiva esnoba a modalidade porque tem medo que ela seduza o público do futebol. Há também muito de complexo de vira-lata e certo despeito perante uma equipe técnica estrangeira, que desconhece panelas e nega bajulações à mídia.

O argentino Rubén Magnano é o que de melhor poderia acontecer para o basquete nacional. Ele deve permanecer e repetir o trabalho de longo prazo que conseguiu alçar a Argentina à elite do esporte. Magnano já fez milagres no comando da seleção brasileira e conseguiu enfrentar em igualdade de condições as maiores potências mundiais. Quantas outras seleções perderão para os EUA por dois pontos ou para a Argentina por quatro pontos?

Destaques positivos: Marcelinho Huertas (excepcional), Alex, Guilherme Giovannoni, Marcelinho Machado. A ausência de Nenê foi decisiva, pois Anderson Varejão estava abaixo de suas condições físicas e Tiago Splitter, sobrecarregado, lesionou-se. Leandrinho é craque, mas precisa superar urgentemente a dificuldade de atuar sob pressão. E a falta de reservas para rodízio ficou evidente no time.

Essa seleção, com mais tempo de treinamento, grupo completo e algum trabalho de base, chegará rapidamente ao topo.

2 comentários:

FilipeJMS disse...

Não vejo como fracasso, sabia que o título só viria nesse Mundial com um milagre, mas esperava mais equilibrio da nossa seleção nos momentos chaves. Concordo com você quando diz que o Marcelinho foi o craque da nossa seleção, agora é torcer, entre outras coisas, para o Nene voltar a jogar pela seleção!
Um abraço e volte sempre no meu blog!
http://colunasdeesporte.blogspot.com/

Gustavo disse...

Foi fracasso sim, pq, como o próprio Magnano dizia, a seleção tinha o objetivo de chegar entre os 4. E tinha time para isso.

Para mim o Brasil continua perdendo qdo não pode. A derrota para a Eslovênia foi o que decretou a eliminação da seleção.

Temos que aprender a querer ser grandes. Chega do complexo de vira lata.

Mas me preocupa com a idade de nossos principais atletas. Os 4 anos afastados da seleção impediram um melhor entrosamento entre eles. E poucos estarão em plena forma qdo chegar o Rio 2016, o grande objetivo da CBB.

Vamos ver, e torcer.
www.toquerapido.com.br