quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mario Monicelli (1915-2010)


Monicelli foi mestre da comédia cinematográfica em todos os tempos. Para dimensionar o alcance de seu legado, basta saber que “brancaleônico” se tornou um adjetivo dicionarizado, como “quixotesco”. Os maiores atores do cinema italiano do século XX passaram por suas câmeras: Totò, Gassman, Sordi, Mastroianni, Vitti, Magnani, Tognazzi, etc.

Houve uma época da adolescência em que revíamos quase semanalmente filmes como “O incrível exército de Brancaleone” (1966), “Meus caros amigos” (1975) e “Quinteto irreverente” (1982), soltando urros de hilaridade. Até hoje louvamos as estripulias dos velhotes traquinas e continuamos sonhando em imitá-las. Também repetimos expressões como “ciganada” e “descabelamento da superxoxota prematura, à esquerda ou à direita, como diria Antão”. Só vendo para entender.

Seu suicídio, jogando-se aos 95 anos de uma janela do hospital, não deixa de lembrar algo do universo trágico, patético, desesperadoramente humano, que ele engendrou.

2 comentários:

Aldrin Iglesias disse...

Quando assisti "Em Nome da Rosa", comecei a compreender que o humor é mais profundo e importante do que me parecia antes.

O capítulo dedicado a essa virtude no livro "Pequeno Tratado das Grandes Virtudes", de André Comte-Spomville; mostra que o humor leva a humildade e a uma maior compreensão de nós mesmos.

Sabedoria sem humor é mesmo menos sábia.

Bonito texto. Parabéns.
Abraços

Anônimo disse...

Moniccelli SUPERMAN !!!!