Tem aura de filme feito para disputar prêmios como o Oscar. Colin Firth (que já havia demonstrado ser um grande ator no ótimo “Direito de amar”) e Geoffrey Rush carregam nas costas esse drama sobre a amizade e a superação pessoal. As imagens são bonitas, em tons pastéis e azulados, que se repetem na cenografia perfeita. Os temas musicais esbarram numa grandiloqüência melodramática.
Consta que George VI tinha certas simpatias por Adolf Hitler, mas isso não deve ser levado em conta pelas sensibilidades judaicas da Academia. Houve muito mais admiradores de Hitler na sua época do que gostariam os cronistas do lado vitorioso. E a família real teve papel importantíssimo na manutenção da esperança do povo inglês na II Guerra, especialmente após os tenebrosos bombardeios de 1940-41.
O filme compõe um curioso subgênero: o de produções que retratam personagens reais da monarquia britânica. Há sempre um pendor positivo na humanização desses personagens, tão paradoxais para os valores contemporâneos.
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