sexta-feira, 10 de junho de 2011

“A minha versão do amor”

Baseado no romance “Barney's version”, do escritor canadense Mordecai Richler (1931-2001), bastante célebre em seu tempo. A adaptação perdeu boa parte da sátira ao judaísmo, que rendeu muitas críticas à obra de Richler e que nem sempre é tema acessível ao público leigo. Meu grande interesse no enredo recaiu na saborosa irresponsabilidade do espírito setentista, que os distribuidores chamam de “politicamente incorreto” para não chocar as pudicas platéias atuais.

O diretor, Richard J. Lewis, tem uma longa carreira em seriados televisivos, mas (ou por isso mesmo) seu tratamento é demasiado burocrático. Ele entrega o filme aos atores e deixa que o conduzam pelo melodrama. Dá certo porque Paul Giamatti é excelente e possui um elenco de apoio à altura de sua composição (destaque para Minnie Driver e Dustin Hoffman). Uma curiosidade é a participação fugaz de David Cronenberg e Atom Egoyam, como diretores da companhia “Totally Unnecessary Productions”.

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