segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Berlinda



Há alguma celeuma em torno das últimas pesquisas de opinião, que apontaram queda na popularidade positiva de Dilma Rousseff. “Despenca”, palavra de ordem na imprensa oposicionista, reverberou nas análises da blogosfera de esquerda que teima em pautar-se pelos grandes veículos. O clima no governismo beira a apreensão.

Exagero. A aprovação de Dilma ainda é a maior registrada num primeiro semestre de mandato desde a redemocratização. Maior que a de Lula. As novidades atuais residem no abrupto posicionamento de uma parcela relevante do eleitorado, outrora indecisa, e no fato da rejeição à presidenta crescer acima da média nos extremos da pirâmide social.

Um dado elucidativo, convenientemente menosprezado pelos adversários do governo, é o forte aumento da percepção do noticiário desfavorável sobre ele. À luz dos outros índices, fica provado que os escândalos recentes não apenas atingiram o público, mas o sensibilizaram a ponto de influenciar sua avaliação. Os possíveis ganhos políticos da limpeza no ministério foram suplantados pela agenda negativa que o envolveu.

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