Dois atores sempre impecáveis, Sean Penn e Frances
McDormand. Robert Smith, do The Cure, é referência clara e assumida na surpreendente
composição de Penn. David Byrne, autor da trilha musical, tem uma participação marcante.
O diretor italiano Paolo Sorrentino exagera um
pouco na estilização. Certos enquadramentos parecem sobrecarregados de intenções
formais, prejudicando a fluência dos vários temas espinhosos que se embaralham
pela narrativa. Outro aspecto questionável do roteiro é a profusão de elipses e
subentendidos, que deixam a trama cheia de pequenos mistérios desnecessários.
Atentar aos detalhes dos diálogos ajuda a solvê-los.
Restrições à parte, contudo, trata-se de um belo
filme de estrada. O tratamento inusitado e a força do protagonista colocam-no
acima da média usual do gênero.
Um comentário:
Robert Smith? Ta mais pra Ozzy Osborne.
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