A presença do consagrado Sam Mendes talvez se deva
ao retrato frágil e decadente do protagonista e ao tom surpreendentemente dramático
do roteiro. Arrisco-me a dizer que é a despedida de Daniel Craig, o James Bond
mais “humano” da série.
Além da costumeira seqüência bombástica de abertura,
as boas cenas de ação ganham um requinte visual que pode ser creditado ao respeitadíssimo
fotógrafo Roger Deakins. Mas o destaque inevitável cabe ao vilão interpretado
por Javier Bardem, numa composição estranha que o sutil tratamento do diretor
permite apenas flertar com a caricatura.
Abonados o texto fraco e a obsolescência da
premissa, resulta numa diversão agradável. Mas repetir as missões impossíveis e
os Jason Bournes da vida não parece uma boa saída para revitalizar o modelo britânico
original.
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