sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

“O Homem da Máfia”



















Falta alguma coisa a esse terceiro filme de Andrew Dominik (do ótimo “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford”). Há quedas abruptas e desnecessárias de ritmo, uma estrutura narrativa estranha, minutos em excesso aqui e acolá. Mas a premissa é interessante, as atuações são admiráveis (Ray Liotta, James Gandolfini e Ben Mendelsohn destacam-se) e os diálogos tarantinianos beiram a hilaridade.

Outras referências bastante claras remetem a Sam Peckinpah, que apreciava retratar a violência em câmera lenta, e a Martin Scorsese, que não hesita em explicitá-la no limite do suportável. É ocioso, porém, condenar esse registro como gratuito, num universo cultural saturado de exemplos mais vulgares e bem menos felizes plasticamente. Se aqui ele parece repulsivo e vazio de significado, ponto para a concepção visual de Dominik e para sua abordagem crítica (niilista?) da sociedade estadunidense.

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