A taxa de desemprego no país atinge a marca de 5,3%. Na Europa, a Alemanha (5,4%) é a única potência industrial a se aproximar
desse índice, enquanto outros países tidos como socialmente igualitários
superam-no com folga: os desempregados chegam a 7,8% da população
economicamente ativa na Suécia, a 7,9% na Grã-Bretanha, a 8,1% na Dinamarca, a
10,8% na França e a inimagináveis 25% na Espanha e na Grécia. Nos EUA, a fatia
beira 8%.
É verdade que o imaginário do “pleno emprego”
brasileiro esconde aproximações discutíveis e sérias fragilidades estruturais.
Mas também não custa lembrar que problemas similares acometem as outras nações
comparadas, especialmente por causa da predominância da mão-de-obra
estrangeira, que oscila entre a ilegalidade e o descaso estatal.
A antiga obsessão da imprensa oposicionista em
vaticinar que o país incorporou a crise mundial talvez ganhe fôlego entre
setores da opinião pública amestrados pela simbologia do crescimento econômico.
Basta uma visita às regiões de comércio popular ou aos shopping centers de
qualquer cidade grande, durante as próximas semanas, para descobrirmos se a
população está mesmo preocupada com a evolução do PIB.
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