sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

“Jack Reacher”



















Tom Cruise deveria repensar o seu rol de assessores pessoais. Não é possível que um astro poderoso como ele mergulhe em projetos tão fracos, sem que ninguém lhe aconselhe evitar a enrascada. Ou sem que a turma contrate um roteirista malomeno para limpar clichês e outras bobagens que podem prejudicar o chefe.

Vá lá que a mistura de comédia, pancadaria e conspiração é arriscada e um tanto gasta. E que o filme pinça boas idéias, apesar de subutilizá-las, como numa sequência de perseguição que soava divertida nos trailers, mas que aparece misteriosamente mal editada na versão final. E que temos aqui o consagrado Caleb Deschanel (pai da musa), dirigindo a fotografia noturna bem eficaz. Mas não há esmero técnico que sobreviva à avalanche de lugares-comuns, reviravoltas inexplicáveis e interpretações abaixo do nível costumeiro das produções encabeçadas por Cruise.

Se serve de consolo, é oportunidade para ver mestre Werner Herzog ganhando uns cobres no papel do vilão. O homem que comeu os próprios sapatos.

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