O oportunismo eleitoral das quedas nas tarifas dos pedágios
paulistas é tão evidente que chega soar cômico. E destrambelhado, por coincidir
com o reajuste anual, que tende a neutralizar o efeito propagandístico do
afago. Em médio prazo, cada centavo da tunga será mantido, mas o noticiário da
“redução” tem alguma serventia para contrapor o desgaste da bagunça administrativa paulista.
Mas como surgiu o excedente a ser cortado, neste período de ameaça
inflacionária e crise econômica mundial? E se a cartola demotucana possui um
fundo falso para essas medidas populistas, preenchido por recursos gerados em graves
desvios de origem e deixados pelas concessionárias ao dispor do governo? Afinal,
bolas, o que explica a obscena disparidade dos valores cobrados nas rodovias
federais e estaduais?
O assunto só aparece na imprensa corporativa sob o manto do
logro. E é fácil entender por quê.
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