quinta-feira, 11 de abril de 2013

Esmola















O oportunismo eleitoral das quedas nas tarifas dos pedágios paulistas é tão evidente que chega soar cômico. E destrambelhado, por coincidir com o reajuste anual, que tende a neutralizar o efeito propagandístico do afago. Em médio prazo, cada centavo da tunga será mantido, mas o noticiário da “redução” tem alguma serventia para contrapor o desgaste da bagunça administrativa paulista.

Mas como surgiu o excedente a ser cortado, neste período de ameaça inflacionária e crise econômica mundial? E se a cartola demotucana possui um fundo falso para essas medidas populistas, preenchido por recursos gerados em graves desvios de origem e deixados pelas concessionárias ao dispor do governo? Afinal, bolas, o que explica a obscena disparidade dos valores cobrados nas rodovias federais e estaduais?

O assunto só aparece na imprensa corporativa sob o manto do logro. E é fácil entender por quê.

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