Parece delírio, mas é a conclusão de uma pesquisa
realizada por psiquiatras, neurologistas e biólogos das universidades de Saskatchewan
(Canadá), Xian (China) e Maryland (EUA). Os resultados do estudo, em inglês e com
ricas ilustrações, está disponível aqui.
Eis um trecho da introdução: “Nós demonstramos
que, após um mês de tratamento continuado com HU210 [um canabinóide sintético],
os ratos apresentaram aumento de neurônios recém-nascidos no hipocampo e
reduções significativas nos comportamentos típicos de ansiedade e depressão.
Assim, os canabinóides parecem ser as únicas drogas ilícitas cuja capacidade de
aumentar a neurogênese no hipocampo está possivelmente ligada aos seus efeitos
ansiolíticos e antidepressivos.”
A constatação acrescenta pouco aos muitos argumentos
favoráveis à descriminalização da maconha, cujos benefícios medicinais já foram
comprovados de diversas maneiras, inclusive pelo uso ancestral. Mas ajuda a afastar
certas mistificações produzidas pelo poderoso lobby proibicionista brasileiro, ultimamente disposto a frear os avanços da sensatez que se multiplica no planeta. Se
depender dessas forças do atraso, o país ficará isolado num arcaísmo jurídico
próprio das sociedades mais obtusas e repressivas.
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