quarta-feira, 17 de abril de 2013

Vans



A barbaridade cometida recentemente contra um casal de turistas estrangeiros no Rio de Janeiro jogou um tímido facho de luz sobre o transporte alternativo. Não se trata aqui de fazer um balanço a respeito da idoneidade dos trabalhadores do ramo, embora ela seja freqüentemente questionada. Há quem suspeite, por exemplo, que o ex-prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos (PT), foi assassinado por ordem dos controladores dos alternativos locais. Mas como ninguém se dá ao trabalho de investigar dignamente o caso, jamais saberemos.

O importante é frisar que as tais vans não deveriam ter sido permitidas desde o início, sob qualquer pretexto. Elas representam uma privatização ilegítima de serviço público, e um remendo tosco para a incompetência municipal em fornecê-lo. Quem precisa recorrer a esses veículos conhece os riscos da aventura e as irregularidades cometidas por motoristas e agregados diversos. A fiscalização das autoridades é equivalente ao colapso administrativo que elas produzem por todos os lados.

Claro que agora tudo está mais ou menos “regularizado”, com a omissão que o Judiciário reserva para certos desvios oportunos. Mas se a prestação de serviço à sociedade serve para justificar os chamados perueiros, também deveria servir às milícias policiais.

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