A barbaridade cometida recentemente contra um
casal de turistas estrangeiros no Rio de Janeiro jogou um tímido facho de luz
sobre o transporte alternativo. Não se trata aqui de fazer um balanço a
respeito da idoneidade dos trabalhadores do ramo, embora ela seja
freqüentemente questionada. Há quem suspeite, por exemplo, que o ex-prefeito de
Campinas, Antônio da Costa Santos (PT), foi assassinado por ordem dos
controladores dos alternativos locais. Mas como ninguém se dá ao trabalho de
investigar dignamente o caso, jamais saberemos.
O importante é frisar que as tais vans não
deveriam ter sido permitidas desde o início, sob qualquer pretexto. Elas
representam uma privatização ilegítima de serviço público, e um remendo tosco
para a incompetência municipal em fornecê-lo. Quem precisa recorrer a esses
veículos conhece os riscos da aventura e as irregularidades cometidas por
motoristas e agregados diversos. A fiscalização das autoridades é equivalente ao colapso administrativo que elas produzem por todos os lados.
Claro que agora tudo está mais ou menos “regularizado”,
com a omissão que o Judiciário reserva para certos desvios oportunos. Mas se a
prestação de serviço à sociedade serve para justificar os chamados perueiros,
também deveria servir às milícias policiais.
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