O governo demotucano paulista permite que os
cossacos espanquem e aterrorizem cidadãos desarmados e pacíficos. As promessas
de investigação dos abusos são mentirosas e produzirão as mesmas evasivas que
acompanham a longa e assustadora história de absurdos impunes propagados pela Polícia
Militar.
A imprensa local só reagiu quando seus
profissionais foram atingidos, e mesmo assim para reverberar as cínicas
desculpas dos ogros fardados e de seus chefetes civis. Na verdade, até os
próprios manifestantes e seus apoiadores na internet parecem reticentes quanto
a nomear o grande culpado por tudo isso. O fato é que Alckmin jamais foi
constrangido publicamente a explicar as ações dos subordinados, cujos salários
pagamos, para receber um serviço excrementício feito de medo e revolta.
O Ministério Público e a Assembléia Legislativa,
apaniguados do regime de exceção que dilapida as finanças do estado há vinte
anos, fazem vistas grossas e continuam a administrar as frivolidades de hábito. Seus
membros também prometem averiguar. Mas, sabe como é, ninguém arriscaria perder
aquela cadeira para o paletó do cunhado na autarquia estadual que titio Geraldo
loteou entre os mais fiéis.
Se fosse um governador petista, já haveria uma
campanha aberta por sua renúncia. Ou melhor, ela estaria acontecendo há meses, desde
que o primeiro PM chacinou inocentes em qualquer bar da periferia. O espetáculo
de selvageria institucionalizada que acabamos de presenciar serviria apenas
para selar a deposição.
Ano que vem, Geraldo Alckmin tentará a reeleição
para governador.
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