sexta-feira, 14 de junho de 2013

O responsável por isso é Geraldo Alckmin















O governo demotucano paulista permite que os cossacos espanquem e aterrorizem cidadãos desarmados e pacíficos. As promessas de investigação dos abusos são mentirosas e produzirão as mesmas evasivas que acompanham a longa e assustadora história de absurdos impunes propagados pela Polícia Militar.

A imprensa local só reagiu quando seus profissionais foram atingidos, e mesmo assim para reverberar as cínicas desculpas dos ogros fardados e de seus chefetes civis. Na verdade, até os próprios manifestantes e seus apoiadores na internet parecem reticentes quanto a nomear o grande culpado por tudo isso. O fato é que Alckmin jamais foi constrangido publicamente a explicar as ações dos subordinados, cujos salários pagamos, para receber um serviço excrementício feito de medo e revolta.

O Ministério Público e a Assembléia Legislativa, apaniguados do regime de exceção que dilapida as finanças do estado há vinte anos, fazem vistas grossas e continuam a administrar as frivolidades de hábito. Seus membros também prometem averiguar. Mas, sabe como é, ninguém arriscaria perder aquela cadeira para o paletó do cunhado na autarquia estadual que titio Geraldo loteou entre os mais fiéis.

Se fosse um governador petista, já haveria uma campanha aberta por sua renúncia. Ou melhor, ela estaria acontecendo há meses, desde que o primeiro PM chacinou inocentes em qualquer bar da periferia. O espetáculo de selvageria institucionalizada que acabamos de presenciar serviria apenas para selar a deposição.

Ano que vem, Geraldo Alckmin tentará a reeleição para governador.

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