O filme sofre com as altas expectativas suscitadas
pelo cinema argentino contemporâneo. Há boas reflexões sobre filosofia do
Direito e os limites da Justiça, além de uma premissa misteriosa eficaz. O
tratamento é demasiado convencional, porém, talvez por querer filiar-se aos
padrões narrativos dos suspenses psicológicos hollywoodianos.
Resta o sempre ótimo Ricardo Darín, garantindo o
interesse da trama com seu personagem obsessivo e arrogante. E algumas
paisagens conhecidas de Buenos Aires, como a faculdade de Direito, o Malba, os
cafés. Os detalhes, repetindo o protagonista na primeira aula, são importantes
para cada espectador formular sua própria “tese” sobre o enredo.
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