Quando tentavam encurralar os membros do Movimento
Passe Livre, meio atordoados pelos dribles que tomavam, os jornalistas sempre
insistiam na questão de como financiar a gratuidade nas tarifas. Afirmavam, com certa dose de razão, que os exemplos dos vilarejos escandinavos e o pressuposto
de que “existe dinheiro de sobra” não bastavam para provar a viabilidade da reivindicação.
Pois eis que ressurgem os sensatos das contas
públicas malhando o reajuste do IPTU paulistano. Mas, afinal, não era
necessário criar mecanismos contábeis para garantir as melhorias que a
metrópole caótica exige? E que tributo levemente justo, com destinação
municipal, poderia substituir o IPTU?
Agora já não querem saber desses detalhes. Impostos
federais e estaduais, cortes de gastos e até o famigerado pedágio urbano são
aventados para cobrir o rombo. Os bacanas (que nunca pisaram num busão) querem
dividir os custos das obras que valorizarão o seu patrimônio. Solidariedade, só
com o bolso alheio.
Opa. Não era isso que falavam do MPL?
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