quinta-feira, 7 de novembro de 2013

De graça













Quando tentavam encurralar os membros do Movimento Passe Livre, meio atordoados pelos dribles que tomavam, os jornalistas sempre insistiam na questão de como financiar a gratuidade nas tarifas. Afirmavam, com certa dose de razão, que os exemplos dos vilarejos escandinavos e o pressuposto de que “existe dinheiro de sobra” não bastavam para provar a viabilidade da reivindicação.

Pois eis que ressurgem os sensatos das contas públicas malhando o reajuste do IPTU paulistano. Mas, afinal, não era necessário criar mecanismos contábeis para garantir as melhorias que a metrópole caótica exige? E que tributo levemente justo, com destinação municipal, poderia substituir o IPTU?

Agora já não querem saber desses detalhes. Impostos federais e estaduais, cortes de gastos e até o famigerado pedágio urbano são aventados para cobrir o rombo. Os bacanas (que nunca pisaram num busão) querem dividir os custos das obras que valorizarão o seu patrimônio. Solidariedade, só com o bolso alheio.

Opa. Não era isso que falavam do MPL?

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