sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

“Blue Jasmine”






















Um Woody Allen de inusual amargura, que rompe a leveza de suas incursões “turísticas” recentes. Talvez isso decepcione algumas expectativas, mais por culpa delas mesmas do que pelos inegáveis méritos da produção. E a reflexão, aqui, sobre a falsidade e o (auto) engano, pode soar bastante cruel.

É verdade que a releitura de “Um Bonde Chamado Desejo”, peça de Tennessee Williams adaptada várias vezes ao cinema, teria na paródia ou na subversão do enredo uma possibilidade eficaz para atenuar as inevitáveis comparações, principalmente com o filme clássico de Elia Kazan. Se Allen concedesse ao entretenimento fácil, porém, o resultado não teria o mesmo efeito perturbador.

Mas nem a mão certeira do mestre conseguiria brilhar sem o talento superior de duas atrizes maravilhosas como Sally Hawkins e Cate Blanchett.

Nenhum comentário: