sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

“Jovem e bela”






















Tema recorrente na filmografia francesa. Essa preocupação meio obsessiva da cultura local, aliás, ajuda a entender certas polêmicas que agitaram o país nos últimos meses.

François Ozon é narrador eficiente. Desenvolve um realismo cheio de pequenas nuances de estranhamento, sempre com sugestões eróticas e um pendor para a iconoclastia.

Aqui essas qualidades surgem amenizadas, embora o conjunto não seja ruim. O clima de sensualidade (especialmente no interior da família) é construído com exata sutileza, muito por causa da beleza desconcertante de Marine Vacth.

Mas tudo soa buñueliano demais, embora sem a contundência do mestre catalão. Fosse menos comportado, talvez igualasse os melhores trabalhos de Ozon.

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