segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Quites

















O sucesso das campanhas de arrecadação para pagar as multas impostas a José Genoíno e outros condenados atrapalha os consensos fabricados em torno da Ação Penal 470. Além do feito heroico da mobilização, apesar de todo o desgaste midiático sofrido pelos petistas, as vitórias carregam simbologia muito forte. Chegam quase a uma espécie de ofensa velada ao magnânimo Joaquim Barbosa.

Não há surpresa, portanto, na reação de Gilmar Mendes, que tomou suas dores com a virulência habitual. É brabeza típica de torcedor derrotado, e escancara ainda mais o teor ideológico do julgamento. Que um ministro da mais alta corte do Judiciário levante suspeitas tão levianas ilustra bem o nível a que chegaram esses novos paladinos do farisaísmo nacional.

A raiva de Mendes e Barbosa volta-se contra a demonstração de representatividade e apoio popular das suas vítimas. Exatamente as qualidades que faltam aos déspotas justiceiros. É muito por isso que as supostas pretensões eleitorais do presidente do STF reapareceram justo agora.

Seria até interessante acompanhar os resultados da apuração do caso, pelo menos para que os fanfarrões engolissem a arrogância. Mas eles são espertos demais para correr esse risco. O mais provável é que esqueçam as acusações por enquanto, guardando a raiva para uma vingança futura, com requintes de crueldade.

Um comentário:

Anônimo disse...

O Eduardo Guimarães já está articulando uma resposta judicial ao Gilmar Dantas:
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/02/gilmar-mendes-o-caluniou-e-a-midia-o-amordacou-voce-quer-reagir/

http://www.blogdacidadania.com.br/2014/02/gilmar-mendes-se-nega-a-comentar-acao-judicial-de-doadores-a-petistas/