segunda-feira, 10 de março de 2014

Barbosa, o imparcial

















Este interessante artigo ilustra as bases éticas da atuação do ministro Joaquim Barbosa. Todas as suas iniciativas foram tomadas para condenar os réus da Ação Penal 470. Não queria julgá-los com base nas provas supostamente levantadas pela Promotoria, dando-lhes o devido tratamento processual. Queria, desde o início, mandar os petistas para a cadeia.

A simples derrota da tese da formação de quadrilha, tida como incontestável e de central importância na demonização de José Dirceu, já demonstra que havia algo muito errado nas certezas dos nobres ministros. Se o núcleo condenatório cometeu um erro tão grave na fase inicial, como acreditar que os outros vereditos foram corretos?

Também descobrimos que Barbosa escondeu informações relevantes sobre o caso, particularmente as que poderiam derrubar a teoria do uso de dinheiro público no tal “mensalão”. Sem a caracterização de quadrilha, e tampouco a de peculato, o processo minguaria para um trivial caixa dois e as penas seriam reduzidas. Mas, repito, a “justiça” das condenações era secundária.

Se levada a sério, a revisão criminal especulada pela defesa poderia levar o desmonte da farsa a graus inauditos de constrangimento. Um pouco mais de espírito investigativo e de racionalidade por parte dos ministros do STF e Barbosa arranca a fantasia de super-herói e revela de uma vez por todas a que veio.

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