A desclassificação do Corinthians no Campeonato
Paulista deixou a crônica esportiva transtornada. As vozes graves, o discurso
apocalíptico e as acusações aos adversários parecem lamentar uma hecatombe
moral planetária. E por quê? Ora, porque os gênios sempre disseram que o
Paulista era fraquíssimo, irrelevante, enfadonho de tão fácil para os superelencos do cartel futebolístico. Bem se vê.
Eis o ó do forrobodó: se o time da Globo não tem
competência para vencer os adversários, a culpa deve ser do campeonato, do
calendário, da kuna croata. Ou do outro clube “grande”, igualmente incapaz, e
de seus torcedores sádicos que (inaceitável!) comemoraram o fracasso alheio.
“Isso não é futebol”, exclamam os imparciais.
Claro que a turma defende torneios exclusivos de
times das capitais, ou a extinção dos incômodos coadjuvantes que estragam a sua
ilusão de superioridade e os rendimentos marqueteiros desse jornalismo que
adora exigir transparências alheias. Competitividade mesmo, que é bom, ninguém
quer.
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