sexta-feira, 18 de abril de 2014

O escândalo da arbitragem














O Ituano foi prejudicado pela arbitragem nos dois jogos finais do Campeonato Paulista. É equivocada, portanto, a tese de que o regulamento propiciou o título, ao neutralizar a vantagem do time com melhor pontuação na primeira fase: a vitória santista nasceu de um pênalti inexistente, e também poderia ter sido evitada se o juiz usasse o mesmo critério disciplinar para ambos os competidores.

Não é “erro humano”. É um padrão histórico. Tampouco reproduz um fenômeno global e cotidiano. Com essa regularidade, que chega às raias do comicamente previsível, o fenômeno só existe no Brasil. Na terra da Globo. Ou alguém imagina que a Ponte Preta passaria pelo São Paulo nas semifinais da última copa Sul-Americana se os árbitros não fossem estrangeiros?

O absurdo de assistir a outra final manchada pela tentativa de favorecer o clube mais poderoso apenas valoriza a conquista histórica do Ituano. Mas deveria ser tratado pela imprensa com a mesma indignação que ela dedica aos adversários político-partidários. O silêncio atual revela muito dos seus verdadeiros propósitos moralizantes.

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