sexta-feira, 25 de julho de 2014

“O Grande Hotel Budapeste”






















Wes Anderson é outro desses diretores que transitam num universo todo próprio, muito característico, inconfundível. Tem a ver com ambientação, ritmo, paleta de cores, dramaturgia. Ou seja, com estilo: os raros movimentos da câmera, a fotografia em tons quentes e pastéis, o gestual farsesco.

O elenco reúne uma constelação de atores e atrizes de primeiríssimo nível, a começar pelo protagonista Ralph Fiennes. Mas os melhores momentos ficam a cargo de Tony Revolori e sua expressividade frágil, tragicômica.

Anderson constrói uma narrativa onírica, cheia de camadas que se sucedem e interpõem, jamais perdendo a humanidade dos personagens e a verossimilhança dos símbolos que eles incorporam. Homenagem sutil e delicada ao cinema mudo, com uma ponta de melancolia, mas também com enorme generosidade.

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