Os olhos brilhando a pino.
Cara limpa de ver no âmago
os mosaicos dos ladrilhos.
Nas artérias cataratas
polindo leito impoluto.
No hálito o aroma nulo
da mais alva gargalhada.
A voz de polpa salubre,
agridoce, rara e amena,
ao sabor dos devaneios.
Corpo devindo certeza.
Crença tecendo o milagre
de restar em harmonia.
Poema de “Estuário” (Editora Patuá, 2018)
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